segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Downsizing de Responsabilidade


Generalizações são sempre evitadas nas análises de mercado, não importando a correnteteórica defendida nem qual economista clássico se esteja defendendo ou desdizendo. Toda sorteoscilações demanda um mínimo empirismo em busca da aplicabilidade das teoriasdentro do panorama histórico das ciências de profundidade analítica. E por estas razões, o paradigma estabelecido a partir das experiências da economia americana faz-se de fatoquestão de que, dentro da não tão mais nova ordem mundial blocada e capitalista, temos a terra do Tio Sam como o reflexo da economia de mercado mais evoluída. Devidamente considerado este ponto zero, repassam então as argumentações contrárias ou a favor das medidas adotadas pelo carro-chefe da economia mundial. de confrontadas concretizado a

Guardadas as devidas particularidades de cada economia, há quem defenda a atual e contínua abertura do mercado nacional ao capital estrangeiro. Por outro lado, fazem-se ouvir – muitas vezes de forma estridente, pois se vêem há muito na contramão das medidas adotadas, vozes remarcando a necessidade urgente do controle de fluxos de capitais. Para estes últimos, um ótimo exemplo de como é fácil iludir-se com as promessas feitas aos países emergentes a partir da idéia de um mercado sem grandesprecauçõesoficiais conquanto quase quetotalmente dependentes de investimentos estrangeiros, é a crise da Ásia da década de 90. A mesma crise que chegou no Brasil no segundo mandato de FHC à época da surreal valorização do Real ou da suicida paridade do Peso Argentino – ainda fresca na memória dos atuais dirigentesBanco Central sempre procurando tomar todas as medidas cabíveis frente à novadesvalorização do Dólar, ainda que algumas tenham se mostrado em vão. do

No entanto, ainda que algumas discussões realmente careçam de verificação maisprofunda nas teses de doutorado dos nossos caríssimos economistas e analistas que guiam as rédeas da economia brasileiracomo a sempre acalorada questão se o aumento da taxa de jurosrealmente ocasiona um aumento dos preços que venha a acarretar uma saudável solução às práticas monetaristas – , outras considerações não precisam de constatação alguma. Na verdade, constituem-se muito mais de premissas e pressupostos para o funcionamento equilibrado no âmbito econômico do país. Não é uma questão de semântica. Não é discutível. Não é passível de análise por especialistas nem de confusas declarações em economês. Na verdade, o que se mais para sinônimo de total leviandade o modo com que assuntos imprescindíveis sãosegundo plano na terra brasilis. estaria relegados a

As agências reguladoras são um ótimo exemplo deste verdadeiro cancro que nos assola. Não importa se está sendo discutida a privatização como essencial movimento do capitalsupostamente livre na economia mundial ou a necessidade de intervenção governamental nas políticas econômicas. Sejam quais forem as assunções, uma agência reguladora é a garantia de isenção ética e regulagem das engrenagens que permitem o desenvolvimento de uma nação. Tãoindiscutível é esta necessidade que podemos tomar por exemplo pólos do mesmo conflito de idéias. No mundo dos fundos de investimento, de pensão ou hedge funds, obter o controleáreas de atuação recai numa concorrência ferrenha de cenas finais se tornando rotineiras: tudo terminando em fusões. Companhias de telecomunicação, companhiasnos seguimentos de TI ou o banco privado que administra a compra de títulos do tesouronacional. Todos protagonizam uma mesma troca ambivalente de papéis. O ABN engole bancosestatais, funde-se com outro de grande nome e todos, grandes concorrentes hoje, amanhã se tornam companheiros de lemepor controle acionário majoritário ou não. Depois, o grandebloco, de uma vez , vai descansar sob o controle dos ingleses. acionário de diversas

Não importa se no caso exposto acima ou se no contra-senso da regulamentação de umtruste com o aval do governo chinês, quem dirá se as regras básicas do jogo estão sendo cumpridas precisa manter o mínimo de confiabilidade possível. Afinal, o mínimo esperado de umjogocom todas as ênfases assertivas possíveis no uso da metáfora, é a existência de um juizhonesto. Ou, vá , que seja o mínimo corrompível.

No Brasil, as principais agências reguladoras são confinadas pelo poder político enquantover toda a gama de posições oficialmente tomadas por parte do governo tentando convencer o resto do mundo da imparcialidade do seu mercado. A CVM (Comissão de ValoresImobiliários) rosna, mas acaba abaixando a cabeça perante casos como o escândalo de informações privilegiadas na venda das ações da Ipiranga para a Petrobras. Ninguém paga peloque é crime e fica tudo por isto mesmo. Fato inconteste, comprovado, não vale de nada. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) não parece conduzir os leilões de acordo com praticamente a única preocupação indiscutível que lhe compete: servir aos interesses do seu país. A ANS (Agência Nacional de Saúde) parece uma verdadeira Avalon onde o Ministro da Saúde tem acesso, cujas brumas, contudo, o próprio Excelentíssimo não parece ser capaz de livrar-se. Afinal, de que adiantam todos queixumes se não há uma ligação direta com o órgão executivoresponsável que venha a resultar em medidas práticas. Simplesmente em... soluções? Aliás, neste sentido, para que mesmo existe o executivo? A ANATEL é comumente citada por suaidoneidade na regulamentação das novas políticas mercadológicas adotadas pelas grandes multinacionais e o ricochete das mesmas no bolso do consumidor. No entanto, as tarifastelefonia móvel no Brasil figura desde sempre entre as mais caras do mundo. Possui um dos mercados com mais fôlego de expansão em novos segmentos, apresenta um dos maioresnúmeros de consumidores – e ainda com margem de expansão e renovação como demonstra o setor do público cada vez mais jovem com acesso aos celulares. No entanto, ficamos muito atrásimplementação das novas tecnologias que são justamente a fonte de atratividade ao mercadoconsumidorque temos de sobra, como dito anteriormente. Vide o caso da implementação da transmissão de dados via telefonia móvel que ainda engatinha por aqui. se pode destacável de da

Recentemente, a vez é da ANAC de sustentar o porta-estandarte do vexame da políticaTudo o que se nas críticas à agência é fundamentalmente a mesma sabujice presente em todos os outros escândalos vistos ou pelos que ainda estão por vir. Afinal, como fica a contratação de gestão? Afinal, tudo é decisão política? de regulamentação no Brasil.

As perguntas são essencialmente as mesmas e aplicáveis a tantos outros exemplos aquiAfinal, a quem servem as decisões do Copom? Quem instaura verdadeiramente as suas regulamentações e, principalmente, o que falta para assegurar o repasse das raras boas notícias ao consumidor das decisões tomadas quanto à política da taxa de juros básicos? É tudo questão de boa vontade dos bancos? E por vai... discutidos. uma

para variar, seria ótimo que se fizesse valer o imprescindível pelo simples fato de sê-lo... afinal.

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